sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O PLANEJAMENTO DE UMA HORTA

    Antes de o produtor decidir o que plantar, quanto plantar e quando plantar, ele precisa saber onde vai vender a produção. r.
    Se a produção for destinada ao mercado local, recomenda-se plantar mais variedades com plantios escalonados para garantir uma oferta que atenda parte do consumo local com regularidade. Esses mercados seriam as feiras-livres, sacolões ou supermercados.
    Quando o destino da produção for o mercado atacadista, como CEASAS ou mercados regionais, devem-se plantar menos variedades e maior quantidade para maximizar o uso do transporte, visto que a regularidade da oferta é garantida por outros produtores.
    É bom lembrar que hortaliças folhosas não suportam transporte à longas distâncias, portanto o abastecimento de alface, cebolinha, salsa, agrião, espinafre, rúcula, hortelã, manjericão e outras, é feito pelos “cinturões verdes” municipais.
    Quando o mercado atacadista é muito distante, o horticultor deve explorar os produtos que são menos perecíveis, como alho, batata, cebola, abóboras maduras, melancia, ou então aqueles cuja colheita é concentrada, tais como cenoura, repolho, couve-flor e milho verde.
    Hortaliças como quiabo, abobrinha, vagem, tomate, pimentão, jiló, chuchu e berinjela precisam ser colhidas 2 a 3 vezes por semana, portanto a garantia do transporte para o mercado é o fator importante.

    Local da horta
    Na escolha do local de plantio  considerar:
A)   Água – a disponibilidade de água em quantidade e qualidade é muito importante. As plantas necessitam diariamente, no período crítico que vai de setembro a dezembro, de 6 litros de água por m2. Dependendo do sistema de irrigação esse volume pode chegar a 10 L/m2 , ou seja, 100 mil litros/ha/dia. Cursos d’água que recebem qualquer tipo de esgoto, deve-se fazer análise da água para verificar o seu uso em irrigação. Para garantir o uso sem conflitos, é recomendável que o horticultor faça a outorga do volume de água que irá utilizar.
B)   Exposição do terreno ao sol – é importante que o terreno receba bastante luz solar para um bom crescimento das plantas e menor incidência de pragas, doenças e geadas.
C)   Declividade – não se recomenda plantio de hortaliças em terreno com declividade acima de 5%, devido a risco de erosão e dificuldades nos tratos culturais e na instalação da irrigação.
D)   Tipo de solo – Os solos muito arenosos ou muito argilosos são de manejo difícil, portanto devem ser evitados 
E)   Mão-de-obra – Uma das características da horticultura é ser geradora de empregos. Muitos serviços como colheita, pulverização e irrigação ás vezes tem de ser feitos fora do horário normal de trabalho. Portanto, ao dimensionar a exploração deve-se verificar se terá mão-de-obra disponível para execução dessas tarefas.
F)    Infraestrutura – A proximidade de estradas com tráfego permanente é importante para escoamento da produção, porém se for de movimentação intensa pode levar muita poeira  aos produtos, além do risco de roubo da produção e dos equipamentos.
A fonte de energia existente para o equipamento de irrigação é também  outro fator que não pode ser esquecido.

2 comentários:

  1. Sou professora de matemática em um projeto cujo tema norteador é a horta (subsistência). Procuro relação custoxbenefício (investimentos, lucros,...)

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  2. O meu melhor material está disponibilizado no blog.
    Primeiro de tudo é preciso levar em consideração a estrutura que você tem no local pra definir que tipo de infraestrutura será necessária para a construção da horta.
    Se é de subsistência não existirá lucro.
    No mais espero ter ajudado.

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Designer de Interiores e Bambuzeiro

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Fortaleza, CE, Brazil
Ofereço serviços na área de assessoria e consultoria a pessoas interessadas na exploração deste recurso, ajudando na identificação de tipos e espécies de bambu, no plantio, manejo, uso e tratamento, além de oferecer cursos, workshops e palestras sobre a cadeia produtiva do bambu.