No Brasil, os primeiros bambuseiros, sem dúvida foram os índios, que desde tempos imensuráveis, construíam suas malocas, cabanas, habitações de maneira geral, cestos, redes, instrumentos de caça e pesca, instrumentos domésticos, vestimentas, talheres, entre muitos outros usos documentados e que persistem até hoje. Mesmo nas poucas tribos ainda existentes.
Com a colonização, realizada pelos portugueses, houve a introdução de diversas espécies de bambus asiáticas, o que foi complementado depois com a colonização japonesa e chinesa, introduzindo então espécies naturais de suas regiões as quais se adaptaram perfeitamente às nossas condições climáticas.
Os portugueses a utilizavam principalmente na construção de moradias e construções rurais, tais como cercas para proteção de roças, na estrutura de paredes de pau a pique, onde combinavam a sua utilização com madeiras e pedras. Foi grandemente utilizado na confecção de cercas vivas, e muito utilizado também como matéria de geração de energia.
Podemos usar como referência os bambuseiros asiáticos, no Himalaia, China e Tibet, que temos as gigantescas pontes suspensas feitas com cabos de bambu, na Índia temos o símbolo da arquitetura, o Taj Mahal, construído em 1600, com sua fundação de bambu, que persistiu até 2007.
Os escravos negros foram igualmente importantes, pois trabalhavam na confecção de tambores e instrumentos de percussão utilizados no candomblé, sem contar seus adornos, colares, brincos, pulseiras e objetos de decoração.
Na Colômbia, em Manizales existem prédios com mais de 80 anos, e nas regiões sísmicas, é obrigatório a construção com bambu devido aos abalos, porque o bambu é flexível, diferentemente do concreto.
Para muitas tribos primitivas, o bambu chegou a ser considerado um elemento tão indispensável para sua subsistência, que chegaram a considerá-lo como Deus, ao qual adoravam.
Os piyumas da Ilha de Formosa, acreditavam ter o primeiro homem, e a primeira mulher saída de internós diferentes de um mesmo colmo de bambu.